DROGAS – UMA GUERRA PERDIDA?
Dos males da modernidade, talvez nenhum se equipare à
ampla proliferação das drogas.
Vidas individuais, famílias e crianças reduzidas a
farrapos humanos, dejetos decorrente do flagelo do vicio.
Numa esquina qualquer, de uma cracolandia qualquer de uma
cidade brasileira qualquer, talvez a sua, um jovem acende um cachimbo de crack.
Quantas vidas ainda serão reduzidas a farrapo humano, quantas vidas ainda
haverão de se perder para sempre.
Para se entender a devastadora epidemia das drogas que
assola a nossa sociedade, é preciso analisar o tema sob uma perspectiva mais
ampla.
Não podemos abordar o tema sem fazer referencia às nossas
fronteiras nacionais.
No cenário da geopolítica, o Brasil ocupa uma posição de
relevância na complexa rede internacional do narcotráfico. O país possui cerca
de 15 mil quilômetros de fronteiras, com fiscalização precária e mesmo
inexistente, e alguns países vizinhos são considerados entre os maiores
produtores mundiais de drogas.
COLÔMBIA; Maior produtor mundial de cocaína, com 68 mil
hectares de cultivo de coca.
PERU; Segundo maior produtor, 59,9 hectares. Seguindo a
tendência , devera superar a Colômbia nos próximos anos.
BOLÍVIA; Terceiro maior produtor de cocaína com 30,9
hectares de cultivo de coca.
PARAGUAI; Segundo maior produtor de maconha, apenas atrás
do MEXICO, o que leva os países andinos a produzir tanta droga são
essencialmente questões econômicas. A maior parte que se dedicam ao cultivos
não são os narcotraficantes, mas sim os produtores miseráveis deslumbrando um
lucro maior do que se dedicarem ao cultivo de horte frutos tradicionais.
O processo de refino, transporte e comercialização tem
rendidos aos narcotraficantes lucros astronômicos. Segundo a ONU, o trafico
movimenta anualmente em todo mundo perto de 500 bilhões de dólares.
Grande parte das drogas produzidas pelos países andinos
atravessam as fronteiras brasileiras e vão para a Europa e América do Norte e
para distribuição no mercado interno brasileiro, onde a cada ano aumenta mais o
numero de usuários.
Passam pelo território brasileiro, 43% da Colômbia, 38%
do Peru e da Bolívia 19%, esta é a dimensão da droga que passa pelo Brasil de
onde saem para o resto do mundo.
Ultimamente uma grande parcela da cocoína produzida se
destina ao consumo brasileiro que vem crescendo assustadoramente nos últimos
anos, onde o crime organizado segue a todo vapor.
Portanto enquanto houver gente consumindo droga, os
aproveitadores da desgraça humana, os traficantes, darão um jeito de garantirem
seus lucros.
É impossível fiscalizar todas as nossas fronteiras com
dimensão continental, com a dificuldade da mais densa floresta a Amazônia, rios
lagos e áreas pantanosas, A própria justiça reconhece a vulnerabilidade das
nossas fronteiras estando entre as mais desguarnecidas do mundo. Um cenário de
fronteiras sem dono.
Esta fragilidade faz com que tenhamos novos planejamentos
de ataques, que é aquele em que as autoridades trabalhem no combate efetivo do
trafico nas nossas cidades com uma politica mais dura e severa contra os
narcotraficantes atingindo-os na sua parte mais vulnerável, os lucros.
Outra frente de ataque devera ser efetuada junto aos
usuários, oferecendo além de clinicas especializadas que realmente visem à
recuperação e não aos lucros. Estes tipos de atitudes certamente ira inibir a
ação do trafico dificultando o comércio e por outro lado o usuário recuperado
também ira contribuir para a queda do consumo das drogas.
Um maior policiamento junto ao usuário também ira inibir
o numero de pequenos furtos, pois os mesmos vêm ocorrendo cada vez mais, pois
estão em busca de meios para compra da droga.
Outra atitude que muito poderá contribuir é a volta da
instituição “família”, que a muito deixou de existir, pois hoje com a
necessidade de se auferir melhor renda financeira os filhos foram relegados ao
segundo plano, deixando de existir o dialogo, atitude muito importante na
educação familiar não deixando de orientação e alerta as nossas crianças sobres
os efeitos maléficos das drogas e oferecendo a eles o nosso amor e carinho, com
isto estaremos dificultando sua adoção pelos narcotraficantes.
Outras pessoas que poderão prestar muita ajuda serão os
professores também na orientação e alerta em nossas escolas contra este grande
mal que vêm tomando conta nas nossas escolas, ao perceberem atitudes suspeitas
que avisem as autoridades para que tomem providencias inibindo a ação dos
traficantes,
Creio que se unindo esforços e cumplicidade para diminuir
o consumo da droga na sua origem de consumo “o dependente” estaremos também
contribuindo para o insucesso dos narcotraficantes.
Se não conseguirmos estriparmos definitivamente as drogas
do nosso meio, tenho a certeza que agindo de forma unida estaremos vencendo uma
grande batalha na difícil guerra contra as drogas.
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