segunda-feira, 13 de outubro de 2014

SE PUDESSE, DIRIA

SE PUDESSE, DIRIA…
               A você mãe hoje eu diria da falta que senti de ti nestes cinquenta e sete anos, sem poder te-la ao meu lado nos momentos, de tristezas, das alegrias. Poder contigo compartilhar minhas fraquezas, minhas vitórias e minhas derrotas. 
Na infância, diria da falta que me fez o seu amor, seu carinho, seu apoio quando das primeiras lições escolares, seu consolo e orientações nos primeiros erros. Na adolescência, quando da primeira namorada, da sua alegria quando no recebimento do meu diploma do primário, quando orador da turma, procurei na platéia, imaginando ali sua presença, enquanto todos abraçavam suas mães eu disfarçava com um sorriso a sua ausência. Quantos erros eu evitaria cometer, não teria vagado tanto de casa em casa de parentes ou de estranhos dependendo de favores. Quando entregava o meu ordenado na integra esperando que com ele fosse comprado roupas novas, recebia as usadas. Das noites em que deitava com fome, por vergonha ou talvez por medo de abrir uma geladeira e lá pegar algo para comer e ser reempreendido por isso. 
Na alegria de tê-la presente no meu noivado e casamento, ver sua ansiedade ao    participar do nascimento de meu filho e admirar ao ve-lo sorrir no seu colo em resposta aos seus carinhos, enfim te-la sempre presente na sua educação e juntos nos orgulharmos na festa de formatura.
Sabe mãe, durante todos estes anos sem você acostumei-me em não te-la a meu lado, mas sei que em algum lugar você esta velando por mim, assim como sei também que meu amor é tão grande que neste mundo ele não cabe.    
Como seria bom e prazeroso poder em sua companhia e de minha mulher,    no dia em que nosso filho recebeu seu diploma na faculdade, ve-la dançando no baile de formatura. Quisera mãe, poder contar com você em todos esses momentos, os quais considero os mais marcantes de minha vida sem contar a falta que senti de ti nas fases desagradáveis que tivemos que passar em consequência das minhas cirurgias.
Se pudesse hoje eu lhe diria, que mesmo sem sua presença, nunca a considerei ausente em minha vida, pois a senti sempre ao meu lado em todos esses momentos importantes. Mesmo sem poder toca-la, percebi que nunca deixastes de me oferecer apoio espiritual, bastava so lembrar-me de ti, que as soluções sempre apareceram.
Por tudo isso é que escrevo para demonstrar todo meu amor por você e agradeço ao Criador a mãe que tive, que mesmo la no alto, nunca deixou de amparar. Se pudesse pessoalmente diria… Obrigado mãe, muito Obrigado.
                                                                                                               
                                                                                                                                                                                                
                                                                                                                        José Marcos/

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